Todos já viveram isto em suas vidas, mas nem todos souberam como
lidar.
É ele a derrota, a falha, o erro, o algo que não deu
certo, sem sucesso, malsucedido.
Mas de onde vem o fracasso? Porque ele surge? Pra que
ele existe? Seria ele apenas um aspecto negativo ou oposto a algo?
A verdade é que ninguém quer vivenciar o fracasso, quer
seja por não ter atingido um objetivo que tenha traçado para sua vida, quer
seja em um relacionamento que terminou ou não deu certo (seja amoroso, de
amizade ou comercial), quer seja em um trabalho (ou na perda de um trabalho).
A maior questão não é lidar com o fracasso, mas como
nos sentimos enquanto vivenciamos ele.
É na vivencia do fracasso que passamos por nossas dores
sentimentais mais profundas, choramos, ficamos com o “coração apertado”,
sentimos raiva, ficamos frustrados, às vezes reagimos com agressividade, às
vezes ficamos em estado de choque sem qualquer reação.
Ninguém nos ensina quando somos crianças o que é o
fracasso e como lidar com ele. No sentido contrário, somente nos mostram o que
seria o supostamente o seu oposto: o sucesso. Ah! Esse sucesso… todo mundo
quer!
Porque precisamos evitar o fracasso? Porque temos que
escondê-lo das nossas vidas?
Sabe o que acho? Acho que esconder o que é o fracasso
nos prejudica enquanto seres que precisamos aprender com as experiências. Assim
como as coisas boas que muitas vezes nos viciam, as coisas ruins também devem
ser ensinadas e aprendidas pelas pessoas, para que possam lidar com o turbilhão
de emoções que sentimos quando vivenciamos o fracasso.
Vejo o fracasso acontecendo por ai como experiência
sendo jogado para debaixo “do tapete”. Ele é escondido pelas pessoas, para que
ninguém veja. É vergonhoso dizer que se passou por um fracasso. Ninguém conta
em suas melhores histórias de vida os fracassos que vivencia. Ninguém quer partilhar
seus fracassos.
Aprender a lidar com o fracasso e as emoções que ele
nos causa é necessário, não só pra obter o tão “valorizado sucesso”, mas
também — e principalmente — para que cada um aprenda a sentir quais são seus
próprios limites. É o famoso autoconhecimento.
Então faço um convite: vamos viver o fracasso.
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