terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Precisamos falar de fracasso



Todos já viveram isto em suas vidas, mas nem todos souberam como lidar.
É ele a derrota, a falha, o erro, o algo que não deu certo, sem sucesso, malsucedido.
Mas de onde vem o fracasso? Porque ele surge? Pra que ele existe? Seria ele apenas um aspecto negativo ou oposto a algo?
A verdade é que ninguém quer vivenciar o fracasso, quer seja por não ter atingido um objetivo que tenha traçado para sua vida, quer seja em um relacionamento que terminou ou não deu certo (seja amoroso, de amizade ou comercial), quer seja em um trabalho (ou na perda de um trabalho).
A maior questão não é lidar com o fracasso, mas como nos sentimos enquanto vivenciamos ele.
É na vivencia do fracasso que passamos por nossas dores sentimentais mais profundas, choramos, ficamos com o “coração apertado”, sentimos raiva, ficamos frustrados, às vezes reagimos com agressividade, às vezes ficamos em estado de choque sem qualquer reação.
Ninguém nos ensina quando somos crianças o que é o fracasso e como lidar com ele. No sentido contrário, somente nos mostram o que seria o supostamente o seu oposto: o sucesso. Ah! Esse sucesso… todo mundo quer!
Porque precisamos evitar o fracasso? Porque temos que escondê-lo das nossas vidas?
Sabe o que acho? Acho que esconder o que é o fracasso nos prejudica enquanto seres que precisamos aprender com as experiências. Assim como as coisas boas que muitas vezes nos viciam, as coisas ruins também devem ser ensinadas e aprendidas pelas pessoas, para que possam lidar com o turbilhão de emoções que sentimos quando vivenciamos o fracasso.
Vejo o fracasso acontecendo por ai como experiência sendo jogado para debaixo “do tapete”. Ele é escondido pelas pessoas, para que ninguém veja. É vergonhoso dizer que se passou por um fracasso. Ninguém conta em suas melhores histórias de vida os fracassos que vivencia. Ninguém quer partilhar seus fracassos.
Aprender a lidar com o fracasso e as emoções que ele nos causa é necessário, não só pra obter o tão “valorizado sucesso”, mas também — e principalmente — para que cada um aprenda a sentir quais são seus próprios limites. É o famoso autoconhecimento.

Então faço um convite: vamos viver o fracasso.